Ano: 1888
Autor: Arthur Conan Doyle
País: Reino Unido
Sherlock Holmes é um detetive britânico enigmático e pedante do final do século XIX e início do século XX. Ele utiliza a metodologia científica e a lógica dedutiva para solucionar seus casos e conta com a ajuda de seu fiel amigo e parceiro Dr. Watson. Em Um estudo em vermelho Holmes é chamado para solucionar o caso de um homem que foi encontrado morto, com uma expressão de terror, mas que não apresenta ferimentos, apenas manchas de sangue pelo corpo. Uma amizade improvável. Um crime aparentemente sem pistas. Tudo começa em Um Estudo em Vermelho...
Um Estudo em Vermelho é um dos primeiros livros que tenho
lembrança de ler. Quer dizer, eu sei que lia algumas coisas na biblioteca durante
a infância, mas como adolescente que lembra do que faz eu sei que foi “o
primeiro do Sherlock”.
De todas as coisas que eu me lembrava, pouco era do caso em
si e muito de que no meio do livro as coisas mudavam e eu não entendia nada.
Cadê o Sherlock? E, de novo, mesmo sabendo que isso aconteceria, continua sendo
a parte em que o livro me perde.
Acho que Um Estudo em Vermelho é uma excelente apresentação de
personagem. O básico do que o eterno Sherlock Holmes é está ali, dos seus defeitos
à suas qualidades. Também todo o carisma de no querido Watson está ali, o fiel
sidekick que fica sendo sempre o coração e emoção que acompanhamos nas narrativas.
Claro que com os anos Arthur Conan Doyle foi aperfeiçoada
suas técnicas de mistério e soluções desses mesmos mistérios. Aliás, muitas das
técnicas de “enganar” (honestamente) seus leitores surgiram com ele. Mas não
posso deixar de pensar que aqui o leitor fica mesmo de fora. Não há como
descobrirmos a solução, por não termos todas as pistas e nem mesmo termos
acesso a todas as perguntas feitas pelo detetive. O conceito de “mistério justo”
só surgiria anos depois, mas eu gosto de fazer parte do caso e tentar resolver,
nem que seja minimamente. Lendo agora, em 2025, essa impossibilidade muito me
incomoda.
Não acho que seja uma história ruim e menos ainda um
mistério ruim. A pior parte acaba sendo mesmo aquela parada no meio da
história. Quer dizer, o que é narrado é até interessante, ainda mais que Doyle
aproveita para alfinetar com um tridente os mórmons e suas hipocrisias, uma excelente
janela de como os britânicos viam essa “religião dos colonizados”. Mas é uma quebra
muito grande de quem pega pela primeira vez para CONHECER O SHELOCK HOLMES.
Teria sido mais interessante ter essa história contada em uma investigação, mas
isso fica no “E se...” e isso não cabe a nós julgar.
Vou continuar na minha missão de ler Sherlock Holmes e John
Watson em ordem de publicação. Vai ser legal ir analisando a evolução dos
mistérios.
Edição lida:
Sherlock Holmes Volume 1
Editora: Harper Collins
Tradução: Louisa Ibánez


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